Muita gente já deve ter se perguntado: afinal, o silicone é um plástico? Embora parecidos em muitos aspectos, o silicone possui algumas diferenças técnicas em relação ao plástico comum, o que faz com que as suas propriedades, e consequentemente as suas aplicações sejam distintas.
Falando inicialmente sobre os plásticos, eles são formados basicamente por átomos de Carbono (C) e Hidrogênio (H). Na grande maioria dos plásticos, estes átomos estão arranjados em uma estrutura polimérica devido a união de grandes cadeias moleculares chamadas de polímeros. Estes polímeros por sua vez são formados por moléculas menores, chamadas de monômeros, que através de um processo químico de polimerização forma os polímeros. Os plásticos podem ainda ser classificados como termoplásticos ou termorrígidos, sendo, respectivamente, recicláveis ou não recicláveis a altas temperaturas.
Já o silicone, diferente do plástico, não é formado majoritariamente por Carbono, e apresenta em sua estrutura átomos de Silício (Si) e Oxigênio (O) arranjados em uma espécie de espinha dorsal (…-Si-O-Si-O-Si-O-…). Associados à esta espinha dorsal, estão presentes grupos laterais orgânicos formados de hidrocarbonetos ligados ao Silício, o que lhes dá características semelhantes aos plásticos. Dada a sua estrutura, o silicone apresenta natureza química mista, sendo um material parte orgânico e parte inorgânico, com fórmula geral [R2SiO]n, em que R representa grupos orgânicos como metil, etil, e fenil. Quando pensamos em seu formato tridimensional, é como se o componente central (Si), fosse rodeado por um tubo de filme plástico de Carbono que embrulha essa espinha dorsal. De acordo com o tamanho da sua cadeia, podemos manipular o silicone para deixa-lo sólido ou ainda na forma de um líquido mais viscoso, variando entre a forma líquida, pasta, gel ou sólida.
Estas diferenças entre o silicone e o plástico explicam porquê o silicone tem sido preferido nas aplicações que podem vir a substituir o plástico: o silicone é um produto mais resistente, com melhor estética, leve, e de fácil manipulação. Por estes motivos, é fácil de adaptá-lo a diversas situações, além de ser menos prejudicial ao meio ambiente quando comparado com o plástico. Por serem bastante versáteis, os plásticos dominaram o mercado de produtos internacionais por muitos anos, fazendo parte de diversos produtos. Entretanto, sua produção e descarte descontrolado no meio ambiente tem tornado a manutenção deste tipo de material insustentável nos próximos anos.
Quando pensamos em silicone, a aplicação mais popular dele atualmente é como implantes de silicone para fins estéticos na forma de próteses, ou ainda para pessoas que sofreram acidentes. Além destes fins, o silicone também pode ser aplicado na medicina para a fabricação de cateteres e tubos de drenagem devido a sua flexibilidade e devido ao fato de o silicone ser um material com baixa reatividade. De acordo com estudos e pesquisas internacionais, o silicone é seguro por não apresentar evidências de que possam causar câncer ou mutações no corpo, sendo por isso, bastante requisitado também por dentistas para fabricação de materiais odontológicos, por exemplo.
O silicone também é bastante encontrado na composição de produtos cosméticos como agente condicionante, conferindo brilho e toque sedoso aos cabelos, e em utensílios de casa como espátulas para cozinha. Sua aplicação se popularizou devido a sua baixa reatividade (inerte na presença de outros compostos – não reage espontaneamente), além de sua estabilidade física e sua resistência a temperaturas altas, sendo capaz de resistir a temperaturas desde – 40 °C até 316 °C, dada a sua natureza semi-orgânica. Esta ampla faixa de temperatura e sua alta flexibilidade o tornam ideais para fabricação de fios, cabos, mangueiras, e produtos eletrônicos.
Dada a sua alta versatilidade, o silicone também encontra outros nichos de aplicação, como sua utilização para a fabricação de lentes de contato, de unhas postiças de “gel”, composição de filtros solares, e alguns esmaltes especiais, além de fabricação de resinas, fibras de vidro, corantes, pigmentos, borrachas, brinquedos, equipamentos EPI, peças automotivas, cilindros entre outros.
Na indústria, o silicone também é aplicado na fabricação de impermeabilizantes de superfícies, fabricação de materiais de uso veterinário, graxas lubrificantes, cera de polimento, adesivos, colas de silicone, selantes, juntas e vedações, filtros etc.
Matérias-primas do portfólio da Usiquímica:
A Usiquímica atua no fornecimento de dois tipos de borrachas de silicone de alta consistência: a Borracha De Silicone USIHD30 e da Borracha De Silicone USIHD70.
Borracha De Silicone USIHD30 e USIHD70: A Borracha de Silicone, em função de suas características especiais, tais como estabilidade térmica em ampla faixa de temperatura; inércia química; baixa toxicidade; resistência ao oxigênio, ao ozônio e à radiação solar; flexibilidade; anti aderência; isolamento elétrico, é largamente utilizada em inúmeras aplicações: cilindros, equipamentos EPI, fios e cabos, isoladores de alta tensão, mangueiras, materiais médico/hospitalares, materiais de uso veterinário/pecuária, matrizes para fundição, peças automotivas, perfis, produtos eletrônicos, produtos odontológicos, ventosas, vedações e utilidades domésticas.
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