Produtos de limpeza sintéticos e o impacto na natureza

Produtos de limpeza sintéticos e o impacto na natureza, será que você sabe sobre o assunto? Quando pensamos na limpeza do ambiente e dos objetos que utilizamos em nosso dia a dia, é inevitável não lembrarmos dos produtos de limpeza. Ao longo dos anos, com o avanço da sociedade em questões sanitárias, de higiene, ou até mesmo estéticas, a limpeza e higienização se tornaram práticas corriqueiras e habituais para as pessoas, o que impactou positivamente na redução da quantidade de doenças e epidemias existentes. Sabe-se, por exemplo, que a produção de sabão é uma das atividades mais antigas já registradas pelo homem, sendo encontrados registros de produtos semelhantes ao sabão atual na região da antiga Babilônia, há cerca de 2.800 a.C. De acordo com estes registros, os primeiros sabões eram produzidos a partir de misturas de gorduras animais (sebo) com cinzas de madeira.

Com o passar do tempo, a produção de sabão foi se tornando cada vez mais sofisticada, até que eles atingiram status de artigo de luxo nos séculos XV e XVI, principalmente na Europa. Um grande avanço em termos de produção ocorreu no século XVIII, quando o químico francês Nicolas Leblanc descobriu como produzir carbonato de sódio (barrilha) através da reação de cloreto de sódio (sal de cozinha) com a gordura. Essa descoberta facilitou a produção do sabão, visto que a barrilha era barata e o sal era artigo já bastante produzido e comercializado. Anos depois, em 1890, foi verificado que era possível ligar pequenas moléculas ao álcool, o que resultou na descoberta dos detergentes.

De lá para cá, muitos avanços foram atingidos pela humanidade nos mais diversos campos, desde as áreas científicas, até a aplicação destes conhecimentos adquiridos para a produção de produtos de limpeza. Se antigamente era mais comum o emprego de produtos de limpeza naturais, a escassez deste tipo de recurso, aliada a crescente necessidade por mais produtos de limpeza fez com que o homem começasse a produzir produtos de limpeza também sintéticos. Foi durante a escassez de gordura, durante a 1ª Guerra Mundial, que os alemães desenvolveram o primeiro detergente sintético. Embora o desenvolvimento de produtos de limpeza sintéticos supriu as necessidades da sociedade, o seu uso indiscriminado, principalmente quando estes materiais não são biodegradáveis, podem resultar em grande poluição das águas e impactos à fauna e flora, sendo considerados um dos tipos mais de materiais mais danosos ao meio ambiente.

Para se ter uma ideia, os detergentes e sabões sintéticos, quando chegam aos rios, criam uma camada de espuma na sua superfície e impedem a penetração de luz e de oxigênio na água, comprometendo o desenvolvimento da vida marítima e favorecendo o fenômeno da eutrofização. Além disso, para as aves, cujo habitat natural é à beira do rio, quando têm suas penas em contato direto com os detergentes, perdem a secreção oelosa que as impermeabiliza, impedindo-as de molhar. As penas, uma vez molhadas, tornam as aves suscetíveis a afundar, e consequentemente, elas morrem afogadas.

Assim como em nossas casas, nas indústrias também são muito utilizados os produtos de limpeza, sendo posteriormente descartados nas redes de esgoto. Esses compostos vão acabar nos cursos de rios e lagos, e entram em contato com os microrganismos existentes nesses ambientes. Esses microrganismos, por sua vez, são capazes de produzir enzimas e quebrar as moléculas de cadeia carbônica linear, que é o caso dos sabões. O problema se dá quando essas enzimas encontram moléculas de detergentes sintéticos, uma vez que elas não reconhecem as cadeias ramificadas presentes nesses produtos, sendo assim, eles permanecem na água sem sofrer decomposição, o que gera a poluição dos cursos aquáticos.

Atualmente, a maior parte dos tensoativos utilizados tem origem sintética, e são derivados do petróleo; contudo, as novas demandas de mercado têm exigido tensoativos que possuam características mais amigáveis ao meio ambiente, como é o caso do Lauril Éter Sulfato de Sódio (SLES). O SLES é um detergente e surfactante que faz parte de muitos produtos de higiene pessoal como sabonetes, shampoos, cremes dentais, dentre outros e é produzido a partir do álcool laurílico derivado de óleo de palmiste, sendo assim, de origem vegetal e biodegradável. Devido à estas características, o SLES é considerado mais amigável ao meio ambiente, e reduz impactos negativos quando lançados na natureza.

E a sua empresa já produz produtos de limpeza de maneira mais sustentável? A Usiquímica pode te ajudar a tornar o seu processo mais “verde”.

Matérias-primas do portfólio da Usiquímica:

 Lauril Éter Sulfato de Sódio 27%: O Lauril Éter Sulfato de Sódio 27% atua no abaixamento da tensão superficial, promovendo a formação de espuma e o emulsionamento da sujeira. O produto possui excelente detergência e elevado poder espumante. Está presente em formulações de produtos para lavagem de roupas, louças e em limpadores de uso geral. É um desengordurante muito eficaz e barato, espumógeno, umectante e com um ótimo comportamento em termos de incremento de viscosidade. Por ser transparente e de odor suave, o Lauril 27% pode ser facilmente colorido e perfumado. É indicado para a fabricação de shampoo, gel para banho, banho de espuma, sabonete líquido e cremoso e outras preparações cosméticas, farmacêuticas e Household.

Lauril Éter Sulfato de Sódio 70%: O Lauril 70% (LESS) é uma versão concentrada do Lauril 27%, contendo as mesmas características, porém com diluição distinta. É um tensoativo Aniônico com alto poder de detergente, espumante, umectante e com ótimo comportamento em termos de incremento de viscosidade, é levemente amarelado e de odor suave o que permite ser colorido e aromatizado facilmente. Pode ser utilizado como tensoativos na formulação de detergentes para lavagem de loucas, lavagem de roupas, sabonetes líquidos, xampus e limpadores em geral. Em combinação com a Amida produz uma espuma estável e formulações que requerem produtos transparentes.

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