Saiba quais são os cuidados nas operações com amônia e suas eficiências

O processo Haber-Bosch, desenvolvido pelo químico industrial Fritz Haber e escalonado (ampliado para escala industrial) pelo engenheiro químico Carl Bosch, retira o nitrogênio do ar e o converte em amônia. A primeira fábrica de amônia partiu em Oppau, Alemanha, em 1913. A produção de amônia tornou possível produzir fertilizantes sintéticos e, portanto, produzir alimentos suficientes para a crescente população da Terra. Estima-se que sem o processo Haber-Bosch, seríamos capazes de produzir apenas cerca de dois terços da quantidade de alimentos que hoje produzimos, e a população da Terra seria proporcionalmente menor.
O ponto de ebulição da amônia à pressão atmosférica é -33,34°C, o que significa que à temperatura ambiente a amônia é um gás. Ocorre que a ebulição da amônia é um processo endotérmico e na ausência de fontes de calor, a volatilização da amônia é retardada e a amônia pode permanecer como líquido por mais tempo. A amônia se dissolve facilmente na água, e isso é muito importante na proteção de segurança e acidentes. Nos locais de manuseio, deve haver água suficiente, de preferência água corrente (de torneira). Um sinal indicando “água de segurança” deve ser claramente exibido. Se a amônia entrar em contato com os olhos ou a pele, ela deve ser lavada imediatamente com água em abundância. Se a amônia vazar no ar, spray de água deve ser usado para “derrubar” o vapor. A pulverização de áreas poluídas com água reduz a emissão de gases.
A densidade da amônia é menor que a densidade do ar. Se uma grande quantidade de amônia é liberada no ar, as pessoas devem sair rapidamente da área poluída, movendo-se contra o vento. Cobrir o nariz com uma toalha molhada é um método eficiente de proteção em um acidente, mas locais ou plantas industrias que manipulam amônia devem prover máscaras de segurança facilmente acessíveis. A OSHA (Occupational Safety and Health Administration, administração de saúde e segurança ocupacional dos EUA) diz que o limiar de odor da amônia está entre 5 e 50 ppm. Considera-se que a maioria das pessoas pode sentir o cheiro de amônia em torno de 5 ppm, mas há algumas evidências de que as pessoas podem perder sua capacidade de detectar amônia depois de trabalhar por um tempo. Em um vazamento de amônia as pessoas expostas facilmente param de sentir o cheiro de amônia e, portanto, podem ficar expostas à intoxicação. Os incidentes de inalação de amônia anidra são tipicamente graves porque a garganta da vítima pode inchar, causando asfixia. Mesmo breves exposições a concentrações entre 2500 e 5000 ppm de amônia no ar pode ser fatal; 1 litro de amônia anidra pode se vaporizar em 1000 litros de gás de amônia. Os limites de explosividade da amônia no ar estão entre 15% e 28%, abaixo de 15% não há amônia suficiente e acima de 28% não há oxigênio suficiente para haver explosão. Na prática, deve-se manter a concentração de amônia abaixo de 15% no ar. Recipientes (cilindros) de amônia e oxigênio não devem ser transportados ou estocados juntos para evitar o risco de explosão.
A amônia é muito higroscópica, tem capacidade de absorver muita umidade do seu entorno. Se amônia líquida entrar em contato com a pele, vai abaixar muito a temperatura e absorver muita umidade, causando graves queimaduras químicas. Se amônia entrar em contato com os olhos, pode causar cegueira. A manipulação de amônia anidra ou soluções aquosas de amônia deve ser feita utilizando luvas de borrachas e óculos de segurança.
Soluções aquosas de amônia contém tipicamente 13% de amônia (em massa), o que equivale a cerca de 25% de hidróxido de amônio. Os cuidados de manipulação são essencialmente os mesmos. Tanques de estocagem de soluções de amônia podem ter válvula de retenção e alívio para minimizar emissões fugitivas de amônia.

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